sábado, 17 de outubro de 2015

Mentores e tutores são pouco usados no Brasil

É inegável que as empresas japonesas estão entre as mais eficientes do mundo, especialmente aquelas que usam o modelo flexível de produção, mais conhecido como "toyotismo". O que pouca gente sabe é que essas empresas utilizam de modo sistemático o mentor ou o tutor para aclimatar novos colaboradores, algo que é pouco praticado no Brasil.

Nas empresas que utilizam esse método, um empregado mais velho é destacado para ser o mentor ou tutor do empregado que chega, prestando desde pequenas informações sobre procedimentos básicos, mas também dando ao recém-chegado orientações preciosas sobre a cultura e como evoluir na carreira.

Essa prática é preciosa por várias razões: em primeiro lugar, a empresa valoriza o funcionário que está há mais anos na empresa, mostrando a ele que ele é um legítimo representante da cultura da organização, tão valioso que a empresa dá a ele a missão de acolher um novo colaborador.

Por outro lado, facilita a vida de quem chega e evita que ele cometa erros bobos, que terminem por colocar em risco a permanência dele na organização. Bons tutores ou mentores ajudam também na formação dos novos empregados, dando a eles orientação sobre cursos e aperfeiçoamentos importantes, que ele não pode deixar de fazer.

É claro que antes de destacar alguém como tutor u mentor, a empresa precisa preparar e qualificar essas pessoas para a tarefa, uma vez que nem todos estão preparados para cuidar de gente. Veja mais no vídeo abaixo.

Ainda a questão da roupa para entrevistas

Sempre que buscamos candidatos para uma posição em uma empresa, chega o momento da orientação sobre a roupa mais adequada para a entrevista. É interessante como ainda é preciso chamar a atenção das pessoas para esse detalhe, uma vez que, vira e mexe, recebemos feedback das empresas de que o candidato apareceu com roupas pouco adequadas.

Por que a questão da roupa é tão importante? Muitas pessoas se queixam de que as empresas dão valor excessivo para o modo como os empregados se vestem. Mas o fato é que vivemos em sociedade e os colaboradores das empresas, em última instância, representam essa organização. Assim, se a pessoa vai trabalhar com uma roupa não adequada e tem atividades que representam a empresa, como reuniões, visitas a clientes ou até atendimento ao público, é importante tomar cuidado com o que se veste.

Você já passou pela experiência de ser abordado por alguém na rua e se afastar da pessoa porque ela estava mal vestida e podia, até, representar uma ameaça? Pois é, a roupa fala muito sobre as pessoas e pode levar a avaliações enganosas.

Imagine, por exemplo, uma mulher que se veste de modo provocativo e que vai a uma entrevista de emprego com uma roupa que a deixa exposta. Que mensagem ela está passando? Curiosamente, já presenciamos casos em que pessoas assim foram contratadas, mas essas situações, onde a pessoa é contratada por seus dotes físicos, pode terminar em casos de assédio.

Via de regra, a maioria das empresas tem recrutadoras, com faixa etária entre 29 e 44 anos. Essas profissionais, extremamente experientes, sabem detectar de modo apurado quando uma pessoa está tentando se vender pela roupa, especialmente se a candidata é mulher. Então, cuidar da roupa em situações de entrevista é decisivo.

Poucas pessoas sabem que a aparência e o desempenho em uma entrevista respondem por 80% do sucesso em um processo de emprego. Você pode até ter um ótimo currículo, mas se sua roupa não for condizente com o cargo que você procura, você jogou suas chances fora. Entenda melhor esse fenômeno nesta entrevista de Valquíria Nunes, consultora da Tegon Consultoria, no programa Tudo Posso, na Rede Família.

sábado, 8 de agosto de 2015

Cuidar da empregabilidade é decisivo

Você está empregado há mais de dez anos? Sabe o que fazer em uma entrevista via Skype? Cuida de suas postagens nas redes sociais? Tem perfis em redes importantes como Linkedin? Interage com grupos de interesse de sua área profissional?

Estas questões podem parecer irrelevantes quando a gente está empregado, mas quando pinta um desemprego elas se tornam a única maneira de voltar a ter um emprego razoável. Para entender a importância da empregabilidade, preparamos está série de vídeos que ajuda você a avaliar como anda sua empregabilidade em diferentes aspectos e começar a agir agora. Não espere uma situação de desemprego para começar a cuidar destas questões. Haja agora!

Apoio à recolocação é decisivo para uma nova vaga

Perder o emprego nunca é algo agradável e, em alguns casos, pode ser mesmo uma situação devastadora. Há pessoas que enfrentam crises de depressão em função de desemprego, o que as leva até a reduzir o ritmo, se isolar, evitar amigos e o contato com conhecidos, prejudicando assim suas chances de recolocação.

O fato é que todo mundo passa por esse tipo de situação e não devemos hipervalorizar situações como essa, tornando-as problemas maiores do que são de fato. De modo geral, notamos que as pessoas levam ao menos 4 meses para se recolocarem, mas o desemprego pode durar muito mais do que isso se você não tem os contatos certos que te ajudam rumo a uma nova vaga.

Para esses casos, um apoio à recolocação especializado pode ser crucial para abreviar uma demissão. Claro que muitas pessoas evitam custos adicionais quando estão desempregadas, o que, certamente, é uma atitude sensata. Já outros gastam dinheiro com ofertas de vagas visivelmente fraudulentas, que terminam não dando em nada e ainda levam a perda de dinheiro.

Nós recomendamos muito que a pessoa desempregada, e que está em busca de uma nova oportunidade ou até de se tornar um empreendedor, procure ajuda especializada e séria. Isso pode abreviar o desemprego e permitir uma retomada muito mais cedo do esperado, o que é sempre bom em situações de crise.

Para ajudar você a refletir sobre o assunto, preparamos esta apresentamos abaixo, que você pode ver até em partes. Mas é ideal que veja inteira, para compreender como um bom processo de recolocação ajuda você a se preparar para enfrentar situações de crise no futuro.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Estagiário não pode ser usado como faz-tudo






 Com 7 milhões de estudantes universitários e cerca de 740.000 estagiários, o Brasil forma apenas 38% dos estudantes que fazem um curso superior, segundo estimativas da Associação Brasileira de Estágio. Esse número desanimador pode explicar a carência de profissionais qualificados que o mercado de trabalho registra já há alguns anos, um problema que só tem se agravado. Segundo Luciana Tegon, sócia-diretora da Tegon Consultoria, empresa especializada em recrutamento e seleção, as empresas podem ter parte da culpa nesse deficit de qualificação profissional:

“O estagiário é visto, muitas vezes, como mão de obra barata, um faz-tudo ou um quebra-galhos. Em muitas empresas, o jovem não atua em sua área de estudos, o que inibe a formação de profissionais qualificados e pode explicar o elevado índice de abandono da faculdade”, explica Luciana.

Autora do vídeo “Estagiário não é mão de obra barata”, com grande repercussão nas redes sociais, Luciana narra o caso de uma jovem estagiária, estudante de comunicação, contratada para cuidar das redes sociais de uma empresa, que passou a ser utilizada em serviços financeiros e foi advertida quando não conseguiu executar a tarefa a contento da chefia:

“Os empregadores precisam ter em mente que o jovem talento, o estagiário, é uma pessoa que chega à empresa para ser treinada em sua área de formação. O estágio é, antes de tudo, uma atividade educacional complementar, que vai ser desenvolvida na empresa, com a supervisão da faculdade. Se a empresa coloca o estudante em uma atividade que nada tem a ver com seu estudo, não está ajudando a formar o profissional, o que tem impactos negativos no desenvolvimento da pessoa e na qualificação de talentos”, explica Luciana, que é também a responsável pelo Blog do Headhunter, que dá dicas aos profissionais que buscam colocação no mercado de trabalho.

Embora a Lei de Estágio, sancionada em 2008 pelo Congresso Nacional, estabeleça que as empresas podem ser responsabilizados caso utilizem estagiários em atividades não relacionadas aos seus estudos, trata-se de algo difícil de fiscalizar. Segundo Eduardo de Oliveira, Superintendente Educacional do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), entidade responsável pela colocação no mercado de mais de 200.000 estagiários todos os anos, o estágio é um ato educacional e, por essa razão, as atividades têm que ser correlacionadas com aquilo que o estagiário está estudando.

Levar o estagiário a conhecer todas as atividades da empresa é um ato saudável e ajuda na formação do profissional, que conhece assim tudo o que envolve a atividade da organização. No entanto, após esse período de integração, o estagiário precisa atuar em sua área de formação, uma atividade crucial para qualificá-lo como futuro profissional”, assinala Oliveira.

Para a Associação Brasileira de Estágio, o fato de um estudante universitário poder atuar em uma empresa ainda em sua fase de formação é saudável e pode contribuir para reduzir o índice de jovens que abandonam o ensino superior sem concluí-lo. Já de acordo com o CIEE, programas como o Aprendiz Legal, que inserem estudantes do ensino médio no mercado de trabalho, podem ajudar a definir melhor o que o jovem quer estudar na faculdade, evitando assim a evasão no ensino superior.

Veja mais sobre o assunto na playlist abaixo, com entrevistas com Eduardo de Oliveira, superintendente educacional do CIEE (Centro de Integração Empresa - Escola) 




terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A tecnologia está aí para ajudar no recrutamento


Vivemos na era da tecnologia. Temos à nossa disposição, como nunca antes, tecnologias inovadoras, que podem ajudar nossas tarefas diárias de uma forma que ainda não conseguimos colocar em prática. Por exemplo: para quem usa o Internet Banking de seu banco, atividades simples, como pagar contas, que antes exigiam a perda de várias horas no trânsito e na fila do banco, podem ser resolvidas em alguns minutos, pela Internet.

Mas quando falamos em recrutamento e seleção, ainda encontramos muitas empresas, inclusive grandes empresas, que buscam profissionais do jeito mais antigo possível: postando vagas em sites que oferecem vagas, recebendo currículos por e-mail, imprimindo e-mails e perdendo horas e horas analisando cada um desses currículos.

Isso não faz mais sentido nos dias de hoje, onde a tecnologia está aí para nos ajudar em vários sentidos. Há empresas que recebem 200, 300 currículos para uma vaga, mas só conseguem analisar em 30 primeiros que chegaram. Será que o candidato ideal não pode ser o que enviou o currículo número 299? Conheço também empresas que entrevistam várias vezes o mesmo candidato, sem saber que aquele candidato já esteve ali várias vezes. E há até empresas que têm restrições a alguns candidatos, mas não conseguem registrar isso em sistema algum.

Há todo um arsenal tecnológico que pode ajudar as empresas a recrutarem com rapidez, eficiência e objetividade, inclusive buscando o melhor candidato para a cultura da empresa. Já pensou nisso? Nessa série de vídeos aí em baixo, que você pode ver com calma, eu analiso profundamente essa questão e mostro as alternativas que as empresas e os recrutadores têm para usar a tecnologia a seu favor.

Você está buscando recolocação?



Tenho ouvido com muita frequência a mesma pergunta: como faço para me recolocar bem? Alguns profissionais desempregados reclamam que postam seus currículos em sites de empregos, mas não são chamados para entrevista alguma. Por que isso ocorre?

Vivemos em um mercado competitivo. Para cada vaga publicada, as empresas recebem dezenas, às vezes centenas e até milhares de currículos. Além disso, as áreas de RH ou as empresas recrutadoras são pressionadas para selecionarem os candidatos o mais rápido possível, uma vez que as áreas de negócios dependem dessas pessoas para tocarem seus projetos. O que isso significa? Que você não pode apenas postar seu currículo em um site de empregos e esperar que a vaga caia no seu colo.

Costumo dizer que procurar emprego é um emprego. Você precisa acordar cedo, se vestir adequadamente e tomar um bom café da manhã. Depois disso, precisa sentar na frente do computador, em sua casa ou em uma lan house, e iniciar seu trabalho, que vai consistir em publicar seu currículo nos sites de empregos, pesquisar vagas, inserir seu currículo nessas vagas, visitar sites de empresas onde você gostaria de atuar e cadastrar seu currículo ali também. E não se esqueça do networking: contate seus amigos por e-mail, pelas redes sociais ou até pessoalmente, fale de sua disponibilidade, envie seu currículo e esteja disponível e preparado para entrevistas pessoais ou até mesmo via hangout ou skype: por isso você precisa estar sempre vestido adequadamente.

Saiba mais sobre a arte de procurar emprego vendo estes vídeos que preparei especialmente para orientar candidatos que buscam emprego. Há outras dicas importantes, especialmente sobre o uso adequado das redes sociais.

Você sabe como demitir?


Demitir alguém é sempre algo difícil, desagradável e uma fonte inesgotável de problemas. Demissões mal conduzidas podem resultar em ações judiciais e processos trabalhistas para a empresa. E, para o colaborador, pode ser algo traumático, que termina por levar o profissional a desacreditar de si mesmo, abandonar carreiras ou mergulhar em uma crise financeira. A pergunta que todo gestor de pessoas íntegro sempre faz nessas horas é: como demitir com sabedoria? Existe uma maneira?

Sim, existe! Posso começar dizendo que a demissão não pode ser uma surpresa para o empregado. O que quero dizer com isso? Se a demissão é por desempenho, o empregado precisa saber que várias outras oportunidades já foram dadas. Se a pessoa foi alertada, orientada e estimulada a alcançar certos resultados, mas não conseguiu, a demissão será apenas um ponto final em uma relação já conhecida.
Mas se o empregado se surpreende com a demissão, se nunca teve um feedback sobre seu desempenho mas está sendo demitido em função disso, então o problema é o gestor de pessoas que não fez seu papel.

Na falta de um feedback decente sobre desempenho, eu recomendo: adie a demissão, faça o feedback e cobre resultados. Empregados que se surpreendem com a demissão em função de mau desempenho costumam reagir mal e com toda razão.

Outro aspecto é a demissão em função de atitudes ruins por parte do empregado. É evidente que o colaborador precisa ter sido advertido outras vezes antes que a empresa tome a decisão de dispensá-lo. Se o colaborador chega tarde, se discute com seus colegas, esse tipo de comportamento precisa ser apontado antes, até para que o empregado tenha a oportunidade de mudar de atitude.

Se quiser saber mais, recomendo estes dois vídeos curtos, onde eu discuto mais o assunto.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Não se deixe levar pelo tempo de casa

Muitos recrutadores e selecionadores se deixam levar pela história do "tempo de casa" quando avaliam um candidato. Assim, para alguns recrutadores, quanto mais tempo o profissional esteve em uma empresa, mais estável ele é.

Aqui na Tegon Consultoria nós adotamos um padrão diferenciado. Procuramos entender qual era a missão do empregado naquela empresa e se a missão foi cumprida ou não. Se essa missão foi cumprida, o tempo que ele passou naquele emprego não é assim tão relevante. É claro que essas ponderações exigem olhar apurado e não apenas aquela avaliação mecânica associada a uma análise de tempo de casa. Note que um profissional que passou muito tempo em uma empresa, no mesmo cargo, pode ter um perfil para lá de estável, já no território da acomodação, o que nunca é positivo.

Como dizemos aqui na Tegon Consultoria, se recrutamento e seleção fosse uma atividade mecânica, já estaria automatizada há tempos. Embora seja positivo usar ferramentas tecnológicas na seleção, esse processo nunca vai dispensar o olhar acurado de um recrutador que busca aprofundar sua análise para além da obviedade dos números.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Entrevistar alguém 14 vezes é falta de tecnologia

Recentemente, um fato inusitado chamou a atenção de profissionais do segmento de recrutamento e seleção, como eu: uma capixaba foi entrevistada 14 vezes pela Apple, mas não foi contratada. No relato da profissional, em várias das entrevistas ela teve a nítida sensação de que tudo estava começando do zero e que a pessoa que a entrevistava não tinha a menor ideia do que ela havia dito nas diversas vezes que tinha sido ouvida antes.

Sem querer julgar a área de recrutamento e seleção da Apple no Brasil, que deve ter lá seus problemas, a mim parece que entrevistar alguém 14 vezes, tendo que recomeçar do zero a cada entrevista, é o resultado de um trabalho sem tecnologia.

Já há ferramentas no mercado que permitem um registro pormenorizado de tudo o que é registrado em uma entrevista de emprego. Em alguns casos, essa entrevista pode ocorrer via hangout, ou Skype, com a gravação do vídeo. Aqui na Tegon Consultoria utilizamos o sistema da Elancers, que permite um registro detalhado de cada etapa da entrevista, sem que a pessoa precise ser chamada outras vezes para ser ouvida por outras áreas da empresa.

Penso que esse fato denunciado pela profissional do Espírito Santo deve servir de alerta a todas as empresas no Brasil, no sentido de que até mesmo as grandes corporações podem não estar preparadas para os processos de seleção. Além disso, a queixa da candidata é procedente, uma vez que, no Brasil, os direitos dos candidatos, como processos de seleção ágeis, transparentes e com feedback, não costumam ser respeitados. Trata-se de um episódio que merece reflexão e ação por parte de quem tem a difícil missão de recrutar e selecionar pessoas.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Você pode ter que mudar de área


É cada vez mais comum esta cena: um profissional que atuou por um longo tempo em uma empresa perde o emprego e busca uma nova oportunidade na mesma área onde atuava, com o mesmo cargo e se possível com o mesmo salário. Infelizmente, poucos destes profissionais percebem que dificilmente conseguirão uma posição igual à que tinham, ganhando o mesmo, com o mesmo cargo. Isso porque, como dizemos por aqui, a fila andou e as empresas estão em busca de profissionais mais jovens, mais conectados às novas tecnologias e dispostos a receber uma remuneração menor.

 Por isso, é quase certo que profissionais veteranos que perdem suas posições, terão que considerar a possibilidade de trocar de área, abandonando a expectativa de seguir atuando na mesma área onde atuavam. Isso exige um bom preparo mental e a convicção de que não há desmerecimento algum em mudar de área, de cargo ou até mesmo de salário.

Nos Estados Unidos, onde vez ou outra costumo ir, sempre encontro profissionais veteranos atuando como vendedores de lojas, atendentes de call center e até como recepcionistas de parques e eles me dizem que não há demérito nesse tipo de opção. Mas no Brasil, infelizmente, não pensamos assim.

 Se você é um profissional, pense que dentro de alguns anos pode estar vivendo essa situação. O que está fazendo para se preparar? Há executivos que planejam essa transição com muita eficiência, preparando alternativas de saída quando essa hora chegar. Pense nisso!

 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Um cerco a quem vive do seguro desemprego

As recentes mudanças na legislação do seguro desemprego, ampliando o prazo para a concessão do benefício, foram determinadas por uma cena comum no Brasil: aquele profissional que trabalha visando, apenas, receber o benefício e ficar algum tempo sem fazer nada.

Por incrível que pareça, existem sim pessoas que trabalham apenas com o objetivo de reunir o tempo necessário para gozar 4 meses de licença remunerada, enquanto decidem qual o próximo emprego. Muitos desses profissionais, no entanto, desconhecem algo básico: as empresas, especialmente as boas consultorias de recrutamento e seleção, sabem quando o empregado trabalha somente com o objetivo de receber o seguro desemprego.

"Há aspectos nos currículos dessas pessoas que evidenciam claramente que se tratam de profissionais que visam apenas receber o seguro desemprego, o que os leva a buscarem um desligamento forçado das empresas com esse objetivo. Nós, da Tegon Consultoria, quando detectamos esse tipo de profissional, o excluímos do processo de seleção, pois não vamos indicar às empresas alguém que vai buscar romper seu vínculo de trabalho depois de um certo período", explica Luciana.

Entenda um pouco mais dessa questão no vídeo abaixo e envie sua opinião sobre o assunto. Já enfrentou esse tipo de profissional no trabalho?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Feedback de demissão: está preparado?

No Brasil, a demissão de um colaborador é sempre um problema. Enquanto o empregado via de regra acredita que sua demissão se dá por razões meramente "pessoais", a área de Recursos Humanos evita entrar em muitos detalhes para minimizar os riscos de ações trabalhistas. Assim, se o empregado está sendo demitido por questões de atitude, como desprezo pela hierarquia, por exemplo, o que é algo muito comum no Brasil, muitos gestores evitam deixar isso claro com medo que o empregado se irrite e recorra à justiça alegando discriminação ou perseguição.

Esse tipo de atitude traz como principal consequência a baixa maturidade de muitos profissionais, que passam de emprego em emprego, são demitidos quase sempre pelas mesmas razões, mas nunca tiveram um feedback autêntico que pudesse orientá-los rumo a melhores práticas profissionais.

Segundo Luciana Tegon, sócia diretora da Tegon Consultoria, empresa especializada em processos de recrutamento e seleção, o feedback honesto de demissão é a melhor prática quando a empresa está dispensando um profissional.

 "Em primeiro lugar, é importante que o profissional que está sendo demitido não se surpreenda com o feedback, ou seja, se ele está sendo demitido por atitude, é importante que ele já tenha sido advertido e orientado a respeito desse problema no passado. Se a empresa já deu as orientações necessárias e o profissional não se adaptou, o feedback de demissão deve ser claro e objetivo, evidenciando claramente as razões pelas quais a pessoa está sendo desligada", explica Luciana.

 Mas e o risco de ação trabalhista?

 Para Luciana Tegon, o profissional que costuma entrar com ação trabalhista vai fazê-lo independente de ter recebido um feedback honesto ou não. Nesse sentido, se a empresa está dispensando o profissional por razões claras e documentadas, um feedback direto e honesto pode, até, servir em casos de ações trabalhistas:

 "Se o profissional não respeita seu chefe, por exemplo, sempre discutindo ordens ou descumprindo o que é pedido, um feedback claro e prévio pode ser útil numa ação trabalhista, ou seja, para mostrar que a pessoa foi desligada não por razões pessoais, mas porque não tinha uma atitude profissional no trabalho", explica Luciana. Veja mais na entrevista em vídeo. Eu gostaria de saber sua opinião a respeito.