sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Não se deixe levar pelo tempo de casa

Muitos recrutadores e selecionadores se deixam levar pela história do "tempo de casa" quando avaliam um candidato. Assim, para alguns recrutadores, quanto mais tempo o profissional esteve em uma empresa, mais estável ele é.

Aqui na Tegon Consultoria nós adotamos um padrão diferenciado. Procuramos entender qual era a missão do empregado naquela empresa e se a missão foi cumprida ou não. Se essa missão foi cumprida, o tempo que ele passou naquele emprego não é assim tão relevante. É claro que essas ponderações exigem olhar apurado e não apenas aquela avaliação mecânica associada a uma análise de tempo de casa. Note que um profissional que passou muito tempo em uma empresa, no mesmo cargo, pode ter um perfil para lá de estável, já no território da acomodação, o que nunca é positivo.

Como dizemos aqui na Tegon Consultoria, se recrutamento e seleção fosse uma atividade mecânica, já estaria automatizada há tempos. Embora seja positivo usar ferramentas tecnológicas na seleção, esse processo nunca vai dispensar o olhar acurado de um recrutador que busca aprofundar sua análise para além da obviedade dos números.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Entrevistar alguém 14 vezes é falta de tecnologia

Recentemente, um fato inusitado chamou a atenção de profissionais do segmento de recrutamento e seleção, como eu: uma capixaba foi entrevistada 14 vezes pela Apple, mas não foi contratada. No relato da profissional, em várias das entrevistas ela teve a nítida sensação de que tudo estava começando do zero e que a pessoa que a entrevistava não tinha a menor ideia do que ela havia dito nas diversas vezes que tinha sido ouvida antes.

Sem querer julgar a área de recrutamento e seleção da Apple no Brasil, que deve ter lá seus problemas, a mim parece que entrevistar alguém 14 vezes, tendo que recomeçar do zero a cada entrevista, é o resultado de um trabalho sem tecnologia.

Já há ferramentas no mercado que permitem um registro pormenorizado de tudo o que é registrado em uma entrevista de emprego. Em alguns casos, essa entrevista pode ocorrer via hangout, ou Skype, com a gravação do vídeo. Aqui na Tegon Consultoria utilizamos o sistema da Elancers, que permite um registro detalhado de cada etapa da entrevista, sem que a pessoa precise ser chamada outras vezes para ser ouvida por outras áreas da empresa.

Penso que esse fato denunciado pela profissional do Espírito Santo deve servir de alerta a todas as empresas no Brasil, no sentido de que até mesmo as grandes corporações podem não estar preparadas para os processos de seleção. Além disso, a queixa da candidata é procedente, uma vez que, no Brasil, os direitos dos candidatos, como processos de seleção ágeis, transparentes e com feedback, não costumam ser respeitados. Trata-se de um episódio que merece reflexão e ação por parte de quem tem a difícil missão de recrutar e selecionar pessoas.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Você pode ter que mudar de área


É cada vez mais comum esta cena: um profissional que atuou por um longo tempo em uma empresa perde o emprego e busca uma nova oportunidade na mesma área onde atuava, com o mesmo cargo e se possível com o mesmo salário. Infelizmente, poucos destes profissionais percebem que dificilmente conseguirão uma posição igual à que tinham, ganhando o mesmo, com o mesmo cargo. Isso porque, como dizemos por aqui, a fila andou e as empresas estão em busca de profissionais mais jovens, mais conectados às novas tecnologias e dispostos a receber uma remuneração menor.

 Por isso, é quase certo que profissionais veteranos que perdem suas posições, terão que considerar a possibilidade de trocar de área, abandonando a expectativa de seguir atuando na mesma área onde atuavam. Isso exige um bom preparo mental e a convicção de que não há desmerecimento algum em mudar de área, de cargo ou até mesmo de salário.

Nos Estados Unidos, onde vez ou outra costumo ir, sempre encontro profissionais veteranos atuando como vendedores de lojas, atendentes de call center e até como recepcionistas de parques e eles me dizem que não há demérito nesse tipo de opção. Mas no Brasil, infelizmente, não pensamos assim.

 Se você é um profissional, pense que dentro de alguns anos pode estar vivendo essa situação. O que está fazendo para se preparar? Há executivos que planejam essa transição com muita eficiência, preparando alternativas de saída quando essa hora chegar. Pense nisso!

 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Um cerco a quem vive do seguro desemprego

As recentes mudanças na legislação do seguro desemprego, ampliando o prazo para a concessão do benefício, foram determinadas por uma cena comum no Brasil: aquele profissional que trabalha visando, apenas, receber o benefício e ficar algum tempo sem fazer nada.

Por incrível que pareça, existem sim pessoas que trabalham apenas com o objetivo de reunir o tempo necessário para gozar 4 meses de licença remunerada, enquanto decidem qual o próximo emprego. Muitos desses profissionais, no entanto, desconhecem algo básico: as empresas, especialmente as boas consultorias de recrutamento e seleção, sabem quando o empregado trabalha somente com o objetivo de receber o seguro desemprego.

"Há aspectos nos currículos dessas pessoas que evidenciam claramente que se tratam de profissionais que visam apenas receber o seguro desemprego, o que os leva a buscarem um desligamento forçado das empresas com esse objetivo. Nós, da Tegon Consultoria, quando detectamos esse tipo de profissional, o excluímos do processo de seleção, pois não vamos indicar às empresas alguém que vai buscar romper seu vínculo de trabalho depois de um certo período", explica Luciana.

Entenda um pouco mais dessa questão no vídeo abaixo e envie sua opinião sobre o assunto. Já enfrentou esse tipo de profissional no trabalho?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Feedback de demissão: está preparado?

No Brasil, a demissão de um colaborador é sempre um problema. Enquanto o empregado via de regra acredita que sua demissão se dá por razões meramente "pessoais", a área de Recursos Humanos evita entrar em muitos detalhes para minimizar os riscos de ações trabalhistas. Assim, se o empregado está sendo demitido por questões de atitude, como desprezo pela hierarquia, por exemplo, o que é algo muito comum no Brasil, muitos gestores evitam deixar isso claro com medo que o empregado se irrite e recorra à justiça alegando discriminação ou perseguição.

Esse tipo de atitude traz como principal consequência a baixa maturidade de muitos profissionais, que passam de emprego em emprego, são demitidos quase sempre pelas mesmas razões, mas nunca tiveram um feedback autêntico que pudesse orientá-los rumo a melhores práticas profissionais.

Segundo Luciana Tegon, sócia diretora da Tegon Consultoria, empresa especializada em processos de recrutamento e seleção, o feedback honesto de demissão é a melhor prática quando a empresa está dispensando um profissional.

 "Em primeiro lugar, é importante que o profissional que está sendo demitido não se surpreenda com o feedback, ou seja, se ele está sendo demitido por atitude, é importante que ele já tenha sido advertido e orientado a respeito desse problema no passado. Se a empresa já deu as orientações necessárias e o profissional não se adaptou, o feedback de demissão deve ser claro e objetivo, evidenciando claramente as razões pelas quais a pessoa está sendo desligada", explica Luciana.

 Mas e o risco de ação trabalhista?

 Para Luciana Tegon, o profissional que costuma entrar com ação trabalhista vai fazê-lo independente de ter recebido um feedback honesto ou não. Nesse sentido, se a empresa está dispensando o profissional por razões claras e documentadas, um feedback direto e honesto pode, até, servir em casos de ações trabalhistas:

 "Se o profissional não respeita seu chefe, por exemplo, sempre discutindo ordens ou descumprindo o que é pedido, um feedback claro e prévio pode ser útil numa ação trabalhista, ou seja, para mostrar que a pessoa foi desligada não por razões pessoais, mas porque não tinha uma atitude profissional no trabalho", explica Luciana. Veja mais na entrevista em vídeo. Eu gostaria de saber sua opinião a respeito.